10 mulheres brasileiras que mais influenciaram o nosso país

Em suas épocas elas foram discriminadas por pensar a frente de seu tempo. Hoje são reconhecidas e graças a esses mulheres que hoje as mulheres tem mais voz na sociedade. Confira agora 10 mulheres brasileiras que mais influenciaram o nosso país

10. Chiquinha Gonzaga (1847-1935)

Filha de um militar com uma mulher mestiça, neta de uma escrava, Chiquinha teve acesso à educação de qualidade e desde cedo se mostrou fascinada pelo universo da música. Considerada como temperamento astuta e gênio forte, a jovem casou- se duas vezes, o primeiro um homem oito anos mais velho com quem teve três filhos. E com o segundo teve uma filha. Os casamentos não deram certos porque ambos maridos não apoiavam sua vocação musical. Mas Chiquinha conseguiu afinal ter o destino que tanto queria: viveu da música, viajou pelo país, compôs e deu aulas de piano.

Chiquinha Gonzaga - Instituto Moreira Salles

9. Dandara (?-1694)
Dandara foi uma mulher de enorme importante na luta pela emancipação do povo negro no Brasil. Companheira de Zumbi dos Palmares, lutou bravamente contra a opressão na época do Brasil colonial. Liberta, morreu em 1694 tirando a própria vida, pois não suportava a ideia de voltar a ser escrava.

A triste e heroica saga de Dandara dos Palmares

8. Cecília Meireles (1901-1964)
A autora deixou um legado de mais de cinquenta obras publicadas. Seu primeiro trabalho foi publicado aos 18 anos, e ao longo da vida, passeou por diversos gêneros: poesia, crônica, conto, ensaio, literatura infantil e didática. Apesar de ter explorado muitos estilos, Cecília acabou por se consagrar no universo da poesia e da literatura infantil. A escritora brasileira teve uma história de vida triste: o pai morreu um pouco antes do seu nascimento e a mãe faleceu quando a menina tinha apenas 3 anos. Sem pai nem mãe, Cecília foi criada pela avó materna. A poeta casou-se duas vezes, a primeira delas com um artista plástico português com quem teve três filhas.

Cecília Meireles - Sou Tijuca

7. Carolina Maria de Jesus (1914-1977)
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora, compositora e poetisa brasileira, mais conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Carolina de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes escritoras do país. Essa mulher admirável nasceu em 1914 em Sacramento (MG), mas passou a maior parte da vida na capital de São Paulo. Com pouco estudo, Carolina se estabeleceu na favela do Canindé, na zona norte de São Paulo.

Cia das Letras vai publicar obras de Carolina Maria de Jesus | Exame

6. Clarice Lispector (1925-1977)
Essa brasileira, na verdade, ucraniana, Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia, e veio para o Brasil com menos de um ano. A escritora fez Direito, trabalhou como redatora e foi, antes de tudo, uma apaixonada pela escrita. Autora de romances, contos e crônicas, Clarice é um dos maiores nomes da literatura brasileira de todos os tempos. Muito premiada em vida, seu nome era conhecido já entre os seus contemporâneos. Ainda jovem, a escritora casou com Maury Gurgel Valent, um colega de turma que virou diplomata e rapidamente se tornou uma cidadã do mundo, vivendo em uma série de países. Com ele teve dois filhos, mas acabou por se separar. Após o divórcio continuou escrevendo para o jornal, além dos livros literários que publicava regularmente.

Clarice Lispector: biografia, obras, frases e poemas - Toda Matéria

5. Tarsila do Amaral (1886-1973)
Tarsila do Amaral é a autora da célebre tela Abaporu, além de muitas outras obras que pertenceram ao Modernismo. Os trabalhos da pintora são em geral divididos em três fases: Pau-Brasil, Antropofágica e Social. Tarsila também fundou, ao lado de Oswald de Andrade (com quem se casou) e Raul Bopp, o movimento Antropofágico, um divisor de águas na cultura brasileira. Filha de uma família rica e tradicional, a pintora cresceu em fazendas no interior de São Paulo. Já aos dezesseis anos foi estudar artes plásticas fora do país, em Barcelona. Regressou para o Brasil, casou e teve uma filha. Separou e voltou a viver na Europa onde conheceu artistas, teve uma vida dinâmica e participou das altas rodas.

Tarsila devora a América - Tarsila do Amaral

4. Ana Néri (1814-1880)
Ana Néri foi uma mulher essencial para a história do nosso país.A baiana nascida em 1814 casou com um militar e ficou viúva aos 29 anos, tendo criado sozinha os três filhos. Quando os filhos de Ana Néri foram convocados para a Guerra do Paraguai, ela não pensou duas vezes e escreveu uma carta ao presidente da província se voluntariando para servir como enfermeira durante o conflito. Essa brasileira foi tão importante que chegou a ser condecorada e recebeu homenagens do imperador D.Pedro II. O dia do enfermeiro é celebrado até hoje no dia 20 de maio em função do dia da morte de Ana Néri, que perdeu a vida em 1880.

Ana Neri - A Primeira Enfermeira do Brasil - YouTube

3. Rachel de Queiroz (1910-2003)
Essa cearense nascida em 1910, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e a primeira autora a receber o importante Prêmio Camões. A escritora no princípio da carreira já havia recebido o prêmio da Fundação Graça Aranha pelo seu primeiro romance, O Quinze, publicado quando tinha apenas 20 anos.Ativista, Rachel também tinha preocupações políticas. Em 1931 se filiou ao Partido Comunista Brasileiro e ajudou a implantar o partido no nordeste. Militante, a autora chegou a ser presa durante três meses. Rachel se casou duas vezes, a primeira com um poeta, a segunda com um médico e teve uma única filha que morreu com apenas 18 meses.

Conheça a história de Rachel de Queiroz, primeira mulher a entrar para a  Academia Brasileira de Letras

2. Maria Quitéria (1792-1853)
Maria Quitéria era baiana filha de um português com uma dona de casa e ficou órfã de mãe quando tinha apenas dez anos, a partir daí começou a cuidar dos seus dois irmãos e da casa.Independente, Maria Quitéria gostava de montar, de caçar e de manejar armas de fogo, mas não tinha qualquer interesse pela escola. Quando soube das lutas de apoio à Independência, em 1822, pediu autorização ao pai para se alistar. O pedido foi negado. Ainda assim Maria Quitéria não desistiu. Com a ajuda da irmã e do cunhado, cortou o cabelo, pôs uma roupa masculina, arranjou um nome falso e se alistou voluntariamente. Quando foi descoberta pelo pai, já o major responsável por ela não deixou que a moça fosse desligada do batalhão porque tinha um comportamento exemplar.

Maria Quitéria - Toda Matéria

1.Irmã Dulce (1914-1992)
Beatificada em 2010 pelo Papa Bento XVI, Irmã Dulce chegou a ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Nascida na Bahia, filha de um dentista e professor, a menina batizada de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes desde muito cedo demonstrou vocação religiosa. Quando ainda era adolescente já ajudava os mais necessitados voltando o seu olhar para os mendigos e doentes. Aos 13 anos tentou entrar para o convento de Santa Clara, mas acabou por ser rejeitada por ser muito nova. Em 1934, aos vinte anos, tornou-se freira e recebeu o nome de irmã Dulce em homenagem à própria mãe (Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes). Em outubro de 2010 o Vaticano reconheceu um milagre atribuído à freira: ela teria curado uma mulher desenganada após o parto.

Irmã Dulce: quem foi a 1ª santa nascida no Brasil, que morreu há 30 anos -  BBC News Brasil

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